Fronteira do céu com o inferno, bipolaridade
Coisas presentes não dão tesão a idade
Hoje o que importa é a vaidade
E no fim, quanto lucro gera ao ego e a verdade?
O passado não vai e volta (fica)
Sem bala na escolta
Guerras geram revoltas
A rua não serve de escola
A casa prende, o proibido solta
Digestão errada que só me lota
Desconfiado das próprias decisões
Esse é o medo que gera o latido dos cães
Pro atraso, desculpas, com indecisões
Há quem não mostre firmeza nas afirmações
É como fosse fácil pedir mil perdões
O silêncio é o traço perfeito pras aflições
Entre o amor e o ódio
A voz é o que me faz notório
Mas ao mesmo tempo esquecido
Como aquele tal velho bandido
Com escritas pela cidade
Que o tempo passa e invade
Essa pele pública que expele saudade
Tudo aparenta ser apenas fases
E minhas frases, entristecidas
Algumas rimas já vencidas
Outras no esquecimento, já perdidas
Mofadas, são cicatrizes escondidas
Deixa eu te mostrar...
Que não é só o amor que vende
Deixa eu te cantar
O que realmente fica e é perene
Como o sorriso de Irene
E o cuidado de Lourdes
Pra alguns, só acene
Pra outros, talvez e rude
Essa vida me confunde
Deu a eu, são apenas costumes
Algumas mentiras, outras são luzes
É o que me faz subir o volume
Algo te pune?
E quando alguém te querer, não lembre de mim...
De trás da casa cultivo um Jasmin
É o que lembra o cheiro do fim
Quando for pra eu ver o mais puro de mim
Não me arrisquei (errado)
Talvez não precise pagar os pecados
Do ano, onde Jorge e Ogum num passa o pano
Esses fatos foram apenas "baseados"
No interior, onde eu não teria me lembrado
Sou apenas um corpo e o sentido é ser guardado
Antes faço pra não ser esquecido
Por mais que pareça esquisito
Me expor, é o que pode me fazer infinito
Tchau!!!
credits
from Os dias são construções e seus frutos são perenes,
released April 9, 2019
Composição: Grafite
Captação: SoloÁcido e Bong Kong
Instrumental: Plagio
Master/Mix: Plagio
Foto/Vídeo/Produção artística: Plagio e Grafite
Produção executiva: Plagio e Grafite